A juíza federal e auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Lívia Cristina Marques Peres, apontou a sensibilização como caminho para uma gestão mais sustentável no Poder Judiciário. A magistrada, integrante do Fórum Ambiental do Poder Judiciário (Fonamb), participou nesta quarta-feira (17 de setembro) do 10º Encontro de Sustentabilidade e 2º Seminário de Mudanças Climáticas, realizado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
Lívia foi palestrante do painel “Gestão Sustentável no Judiciário: PLS como instrumento de governança”, que contou com a participação do juiz auxiliar da presidência do TJMT, Túlio Duailibi Alves Souza. O PLS é um instrumento estabelecido pela Resolução CNJ 400/2021, que permite instituir e acompanhar práticas de sustentabilidade, racionalização e qualidade, com o intuito de melhorar a eficiência do gasto público e gestão dos processos de trabalho.
Para conseguir os avanços pretendidos, o PLS estimula o cumprimento de uma série de indicadores. Entre eles estão: uso eficiente de insumos, materiais e serviços; gestão sustentável de energia elétrica, água e esgoto; gestão de resíduos; qualidade de vida no ambiente de trabalho; equidade e diversidade; sensibilização e capacitação contínua; descarbonização; e aquisição e contratações sustentáveis.
“A maneira mais efetiva de conseguir alcançar essas metas é com a sensibilização de servidores e magistrados. Precisamos trabalhar essa sensibilização, fazendo com que as diretrizes da resolução do CNJ sejam assimiladas e façam parte da rotina de todos. Os números até são apresentados pelos tribunais, mas eles são resultado das ações de cada servidor e cada magistrado no dia a dia”, afirmou.
A juíza destacou ainda que uma das metas macro é, até 2030, a neutralização de gases de efeito estufa. A iniciativa está em desenvolvimento em todos os tribunais brasileiros e faz parte do Programa Justiça Carbono Zero, criado pela Resolução CNJ 594/2024. Para a palestrante, apesar de audaciosa, a meta é absolutamente alcançável, desde que haja o envolvimento ativo de todos os integrantes do Poder Judiciário.
“O compromisso com o bem-estar no ambiente saudável e sustentável é de todos. O Judiciário tem que fazer a sua parte, cuidando da sua gestão para que tenha ações ambientalmente sustentáveis, que sejam equitativas e socialmente inclusivas. A gente tem que cumprir essa missão, pois a sustentabilidade exige isso. Ser sustentável significa pensarmos nas nossas ações e atuarmos para que elas tenham o menor impacto possível no meio ambiente”, pontuou.
O evento
O 10º Encontro de Sustentabilidade e o 2º Seminário de Mudanças Climáticas são iniciativas realizadas em conjunto pelo Núcleo de Sustentabilidade do TJMT e pela Escola Superior da Magistratura (Esmagis-MT), por meio do Eixo Temático de Meio Ambiente. A programação é voltada à capacitação, ao diálogo institucional e à difusão de boas práticas socioambientais.
O evento é destinado a magistrados, servidores, representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, estudantes universitários e interessados na pauta ambiental. O objetivo é ampliar a conscientização sobre sustentabilidade e os impactos das mudanças climáticas, incentivando a adoção e o fortalecimento de iniciativas no âmbito do Judiciário.
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Autor: Bruno Vicente
Fotografo: Josi Dias
Departamento: Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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